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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Finalizando a 23ª SICP



Com criatividade se vende tudo

Fernando Vega Olmos, diretor de criação da JWT para Europa Continental e América Latina, apresentou a palestra “Mãe Crise” na 23ª Semana Internacional de Criação Publicitária, em São Paulo. O publicitário destacou o momento em que o país vive dizendo que nós, futuros publicitários, estamos na profissão certa, no lugar certo e no momento histórico correto.

Olmos, que foi o primeiro argentino a ganhar um Leão em Cannes, defendeu que as melhores ideias para a publicidade estão nos países da América Latina, China e Índia, e não nos países de primeiro mundo. O diretor de criação disse que, para se fazer uma boa ação publicitária, é preciso seguir três ensinamentos, que são:
- Crie histórias dando destaque ao produto, ele é que deve ser a principal mensagem mesmo que o produto não seja interessante;
- Tenha uma boa história para contar com o tom de voz correto (storytelling). Por isso, defina bem o seu público. Se você faz propaganda querendo agradar a todos, não atingirá ninguém;
- Deixe que as pessoas participem e brinquem com a ideia.
Para exemplificar os ensinamentos dados, Olmos mostrou as campanhas de AXE e da Sony BMG (Phonestar).





Mude a forma de comunicar

O sócio diretor de A Ponte Estratégia, André Torretta, apresentou a palestra “A Nova Classe Média Brasileira” durante a 23ª Semana Internacional de Criação Publicitária. Toretta disse que temos que aprender a nos comunicar com a classe C, já que é um grupo de pessoas que está crescendo no país.

Essa nova classe tem sido ignorada por muitas empresas, pois são acostumadas a fazerem comerciais para a elite. Poucas marcas têm investido nesse target como, por exemplo, a Nokia, que tem um laboratório na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Um caso de sucesso, dirigido a essa classe, comentado na palestra foi o da indústria cinematográfica Nollywood, da Nigéria, que é a maior indústria de cinema do mundo com 1,5 mil filmes por ano, e Bollywood, na Índia, que ocupa o segundo lugar com mil filmes ao ano. “Eles fazem sucesso com ator com cara e figurino de povão”, disse.

Com uma verdadeira aula sobre a classe C, Torretta mostrou que devemos esquecer todos os preconceitos culturais e sociais para atingir essa grande parte da população brasileira.

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