A nova campanha do Fox acaba de entrar no ar e, embora seja ótima, já tenho uma preocupação: o tempo de veiculação dela. O enredo das peças baseia-se em maneiras de se enganar as pessoas chamando a atenção para outro assunto, no caso, o novo Fox.
São três vídeos criativos que vendem muito bem a proposta, mas que podem ser prejudicados por causa das histórias e da escolha de alguns personagens como o casal de idosos e o médico. Os problemas como traição, morte do pássaro e negligência médica ficam subentendidos nos comerciais. Isso pode gerar reclamações de associações ou de pessoas super conservadoras e fazer com que o Conar tire os filmes do ar, como aconteceu no caso das Havaianas.
Trabalhar com propaganda é complicado por essa razão, nós nunca sabemos quando irá aparecer um “ofendido” e acabar com o nosso projeto. Mas enfim, se acontecer isso não será a primeira vez e nem a última, e assim como foi no caso das Havaianas, espero que a AlmapBBDO, a agência criadora das duas campanhas, tire de letra e saia por cima. É esperar para ver as cenas dos próximos capítulos.
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Toni, você mesmo diz que o "enredo baseia-se em maneiras de se enganar as pessoas". Ser contra isso é ser "super conservador"?
ResponderExcluirOu ser traído é normal? Ser vítima de erro médico é bacana? Onde está a graça nisso?
O problema é que hoje em dia as pessoas nem se dão mais conta do que é certo ou errado. A publicidade acha que pode vulgarizar tudo. Escrevo isso triste porque sou publicitário. Um setor que, infelizmente, tem dado péssimos exemplos.
Atenciosamente, Rodolfo.
Eu não acredito que isso possa ser ofensivo. O cenário onde tudo rola é super fantasioso. Do nada aparece um carro no meio da sala, do nada o vizinho muda de assunto com o vizinho, do nada o médico apresenta o novo carro pro paciente. Não vou conseguir ludibriar alguém apresentando um carro. Creio que tenha sido uma maneira descontraída de tratar o assunto. De maneira alguma que se acontece comigo um erro médico eu vou deixar pra lá só porque o médico me apresentou o carro. Publicidade a meu ver tem que ser descontraída, chamativa, tem que marcar, tem que fazer as pessoas se lembrarem.
ResponderExcluirEstou cansada de ver carros que correm na estrada num dia de sol. Tem que variar, diversificar.
Não achei ofensivo. As situações que acontecem na campanha são possíveis situações da vida real, mas voltadas pro humor. Se fosse assim, não ririamos de mais nada, viveríamos numa vida muito sério e quadrada.
Lembrei agora de uma série de comerciais que trata o fato de pessoas 'enganarem' as outras. São as sobremesas Dr. Oetker. A filha que apresenta o namorado hippie para o pai, a mãe que quer que o filho seja obediente (os 2 são encotrados facilmente no youtube) tem a essência do que é passado no comercial do novo fox. Não vi como ofensa e sim como uma forma humorada de tornar o produto anunciado o centro das atenções, notório em ambos os casos.
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